Alguém disse um dia «que a morte
interrompe os sonhos da vida de quem parte e deixa uma sofrida saudade em quem
fica...»
Desta feita, com as suas garras aduncas,
ela desenrolou o pergaminho e indiferente a tudo e a todas as súplicas - de pais,
marido, filhos, familiares e amigos - fez a chamada e escolheu-te a ti...
E pôs fim aos teus sonhos. Trocou as
voltas, baralhou os nossos projectos, deixou o teu lugar vazio e avivou em nós
aquela espécie de remorso, aquele arrependimento por não termos aproveitado
melhor os momentos de convívio - um sentimento que sempre nos invade quando um
amigo nos deixa.
E aqui estou eu, debruçado à janela do
tempo, recordando o teu espontâneo sorriso de sempre, mesmo quando as
adversidades te batiam à porta. E tantas vezes isso aconteceu… Que estejas em
paz, onde quer que te encontres. Eu não te esquecerei!...