domingo, 2 de setembro de 2012

VISITA DOMINICAL AO MEU SÓTÃO








Não sei se convosco se passa o mesmo, mas eu tenho dias em que sinto necessidade de mudar a rotina, e nesta manhã de Domingo, 2 de Setembro de 2012, fui visitar o meu sótão e por entre coisas antigas encontrei objectos diversos que usei há muitos, muitos anos.
Duas máquinas de filmar em 8mm – uma Revere e uma Brownie de 1050 – um aparelho de cortar, um de colar a película, um de rebobinar, um projector de filmes e um projector de slides, e ainda uma caixa repleta de filmes e diversos diapositivos…
Mas toda esta “panóplia” de velharias tem a sua história que vos vou contar:
Imaginem um casal de jovens, ela de 20 e ele com 24anos, sós, nos confins de uma país africano num dos mais recônditos locais sob a linha do Equador, calor tropical e sem quaisquer contactos com o Mundo a não ser de quinze em quinze dias um barco vindo da capital que lhes trazia alguns mantimentos e correio. Ali passava os dias rodeado por plantações de borracha, café, fábricas de transformação e várias feitorias com lojas de comércio espalhadas por uma imensa área da floresta equatorial. E apareceu o primeiro filho. Depois o segundo. E havia que registar os seus primeiros passos. Primeiro foi uma máquina fotográfica do tempo e um “laboratório rudimentar” vindo da Bélgica, que constava de papel próprio, e dos líquidos para revelar a película tudo acompanhado de um folheto com as instruções. Ainda tenho fotos que revelei nos princípios da década 1950-1960!...
Depois foi uma Polaroid e em seguida as máquinas de filmar de que acima falei e que hoje se chamam câmaras de filmar! 
As bobines dos filmes em 8 mm. eram enviadas para a Bélgica ou para a África do Sul para revelar. A revelação era grátis, pois ela já estava incluída no preço do custo das ditas. Quando vinham, eram colocá-las na máquina de projecção e ver os meninos. Seguia-se a colagem dos filmes com os respectivos cortes com a ajuda do aparelho próprio e eis grandes bobines para ver e depois recordar. É o que faço hoje ao olhar toda estes “objectos”….