domingo, 27 de maio de 2012

DA MINHA JANELA...



Domingo de Maio, céu pardacento, farrapos de nuvens espalhadas pela Serra do Caramulo, cerejas que começam a avermelhar, gotas de água que reluzem na relva, passarada que gorjeia por entre a folhagem verde e acetinada das árvores já quase todas vestidas… é assim o cenário que estou a ver da minha janela.
A aldeia dorme ainda. Os sinos tocaram há pouco anunciando a missa e aqui e além o fumo de algumas chaminés, sobe em espirais, anunciando o começo do dia dos mais madrugadores. 
E aqui estou, embevecido, a contemplar todos estes mistérios da Natureza…
Nós somos o lugar que habitamos, as pessoas que amamos, os sonhos que temos, as decepções por que passámos, as dificuldades que superámos, as lições que aprendemos e a família que temos!...
E somos também a infância que tivemos, a Fé que nunca perdemos os bons momentos por que passámos…e também a vida que reinventamos a cada momento!


domingo, 20 de maio de 2012

REFLEXÃO NUM DOMINGO CHUVOSO DE MAIO



Nós nunca somos como desejaríamos ser. No fundo, somos um pedaço de tudo o que já passámos, um conjunto de pequenas e grandes coisas que se foram acumulando – um amontoado de erros, de vitórias, de tristezas, de alegrias e de insatisfações!
Somos a decisão que tomámos há muitos anos, a escolha que fizemos entre o fazer e o não fazer. Entre ir e ficar. Entre o medo e o arriscar, entre o viver ou o sonhar. Somos, afinal, um “produto”elaborado a partir de todas essas contradições!...
Somos uma manta de retalhos de várias cores, cosidos com fios de diversos calibres.
Somos os livros que lemos, os lugares por onde passámos, as pessoas com quem nos cruzamos, as orações que fizemos, as cartas que escrevemos, os sonhos que tivemos, as decepções por que passámos, e as dificuldades que tivemos e aquelas que vencemos.
Somos as coisas que descobrimos, as lições que aprendemos, os amigos que fizemos.
Somos as cores de que gostamos, os perfumes que usamos, as músicas que ouvimos, os beijos que demos, os que não demos, aquilo que deixámos e aquilo que escolhemos ser.
Sorrimos, chorámos, mentimos, prometemos, perdoámos, odiámos, tudo isso fizemos.
Mas o que somos, afinal?!...
Somos a infância que tivemos e todo esse conjunto de “coisas” que ao longo da vida nos foram moldando, para melhor ou para pior, consoante a fé com que as encarámos.







sábado, 12 de maio de 2012

LE TEMPS



Dans le temps, 
On avait le temps, 
De prendre son temps, 
Le temps de grandir, 
Le temps de marcher, 
Le temps de sourire, 
Le temps de prier, 
Et de réfléchir. 
Le temps de conter 
Tant de souvenirs. 
Le temps de chanter, 
Le temps de vieillir, 
Le temps de s'aimer, 
Le temps de mourir. 
L'homme, à présent, 
Tout le temps 
Court après le temps 
Il n'a plus le temps 
De perdre son temps, 
Et pourtant 
Il arrive à temps… 
Où la mort l'attend
Anonyme