Nós
nunca somos como desejaríamos ser. No fundo, somos um pedaço de tudo o que já
passámos, um conjunto de pequenas e grandes coisas que se foram acumulando – um
amontoado de erros, de vitórias, de tristezas, de alegrias e de insatisfações!
Somos
a decisão que tomámos há muitos anos, a escolha que fizemos entre o fazer e o
não fazer. Entre ir e ficar. Entre o medo e o arriscar, entre o viver ou o
sonhar. Somos, afinal, um “produto”elaborado a partir de todas essas contradições!...
Somos
uma manta de retalhos de várias cores, cosidos com fios de diversos calibres.
Somos
os livros que lemos, os lugares por onde passámos, as pessoas com quem nos
cruzamos, as orações que fizemos, as cartas que escrevemos, os sonhos que tivemos,
as decepções por que passámos, e as dificuldades que tivemos e aquelas que
vencemos.
Somos
as coisas que descobrimos, as lições que aprendemos, os amigos que fizemos.
Somos
as cores de que gostamos, os perfumes que usamos, as músicas que ouvimos, os beijos
que demos, os que não demos, aquilo que deixámos e aquilo que escolhemos ser.
Sorrimos,
chorámos, mentimos, prometemos, perdoámos, odiámos, tudo isso fizemos.
Mas
o que somos, afinal?!...
Somos
a infância que tivemos e todo esse conjunto de “coisas” que ao longo da vida
nos foram moldando, para melhor ou para pior, consoante a fé com que as
encarámos.
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