sábado, 8 de janeiro de 2011

É ASSIM QUE AINDA SE FALA NA MADEIRA

Pretexto para um Novo Acordo…Semântico?
“Tava o vendeiro no paleio com o vadio do vilão quando ouviu uma zoada.
Era a água de giro. O buzico do levadeiro que vinha mercar palhetes à
venda, vinha às carreiras e a fazer patifarias e a chungalhar os badalos da vizinhança pelo caminhe abaixe como um demoine. Dá-lhe uma cangueira, trompicou nas passadas e empuxou o vilhão qué um cangalhe dum home. Bate cas ventas no lanço e esmegalha a pucra. O vilão dá-lhe uma reina vai a cima dele para lhe dar uma relampada, patinha uma poia. Ficou todo sovento.
O vendeiro dá-lhe uma rezonda por ele querer malhar num bizalho dum pequeno.
Vem o levadeiro, e, ao ver o vassola, que anda à gosma e a encher o bandulho à custa dos outros, a ferrar com o filho, fica variado do miolo e diz-lhe umas. O vilão atazanado, atremou mal e pensou que ele lhe tinha chamado de chibarro, ficou alcançado, deu-lhe uma rabanada e foi embora Todo esfrancelhado. O levadeiro ficou mais que azoigado mas lá foi desatupir a levada. O piquene chegou a casa todo sentido, com um mamulhe. A mãe que é uma rabugenta mas abica-se por ele, ao ver ele todo ementado e a tremelicar das canetas, deu-lhe um chá que era uma água mijoca, pensando que canalha é mesmo assim, mas, como ele não arribava, antes continuava olheirento, entujado e da chorrica foi curar do bicho virado e do olhado roxo. O busico arribou e até já anda a saltar poios de bananeiras na Fajã.”
Gentilmente enviado por L. P. escritor e Amigo.



Sem comentários:

Enviar um comentário